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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Politécnicos fazem greve às avaliações

A seguinte notícia transcrita, foi hoje publicada no JN e pode ser lida em http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1280294.

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup) entrega esta segunda-feira um pré-aviso de greve às avaliações. A paralisação poderá atrasar as inscrições dos alunos para o próximo ano lectivo, admitiu ao JN Gonçalo Xufre.

Os alunos do ensino superior estão em plena época de exames. O pré-aviso de greve que será anunciado hoje, pelo Snesup, destina-se aos dias entre 6 e 13 de Julho e a adesão deverá ser superior no ensino Politécnico. Aliás, explicou ontem ao JN o presidente do Snesup, o sindicato só "está a dar enquadramento legal à insatisfação" de um movimento de professores, que surgiu devido à revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD).

Esse movimento, explicou, é significativo, por exemplo, nos institutos superiores de engenharia do Porto, Coimbra e Lisboa; "cresceu e superou os sindicatos. É uma insatisfação genuína e o Snesup não pode alhear-se a ele", afirmou Gonçalo Xufre.

O período de transição para o Politécnico, imposto pelo Governo, é uma das principais causas da greve. Os professores não aceitam que ao fim de 10 ou 20 anos numa instituição, em situação precária, tenham de se sujeitar a um concurso internacional para entrar nos quadros. Ainda por cima a regra não se aplica no ensino universitário e os docentes do politécnico "sentem-se discriminados", garante o líder do Snesup.

O ministro do Ensino Superior encerrou na semana passada as negociações com os sindicatos de revisão dos estatutos. Gonçalo Xufre também acusa Mariano Gago de "esvaziar a negociação colectiva" por retirar a avaliação e a distribuição do serviço docente para os regulamentos internos das instituições. FNE e ministério chegaram a acordo mas os dois sindicatos mais representativos do sector (Snesup e Fenprof) não assinaram o documento.

3 comentários:

  1. Será que faz sentido ir para a greve? Qual o número de docentes e quantas escolas alinharão na greve? Pela partipação que se viu nas acções anteriormente desenvolvidas, não se correrá o risco de 'meia dúzia' de grevistas se tornarem na chacota nacional? Ponderem bem no que vão fazer e lembrem-se que o Politécnico não são só os Institutos Superiores de Engenharia.

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  2. Claro que faz sentido fazer greve quando as pessoas se sentem lesadas e os motivos são válidos.

    Apenas é necessário esclarecer aos restantes o motivo da greve e tentar criar uma maior adesão, pois apesar de muitos pensarem que este estatuto não os penaliza, apenas estão a adiar o seu problema.

    Este estatuto afecta todos aqueles que actualmente estão dentro do sistema e que se dignificam pelo trabalho prestado ao fim de vários anos.

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  3. Se uma greve é o melhor caminho é sempre questionável. Mas que é preciso tomar medidas é. Quanto mais não seja, enquanto professores temos a obrigação de contribuir de alguma forma para a educação dos nossos jovens cidadãos e de dar o exemplo de honestidade. Imaginem o seguinte cenário: num dado país existe um ministro que negoceia um estatuto para os docentes com sindicatos que representam cerca de 0% dos docentes e como se não bastasse até assina com eles um acordo e, mais ainda, proclama que foi conseguido um consenso alargado. Mas este seria apenas um dos vários casos de falta de carácter praticados por esse ministro. Certamente que todos concordariam tratar-se de um aldrabão, ou algo do género, bem como os tais "sindicatos" que se prestaram à aldrabice. E seria obrigação de todos os que tivessem conhecimento da situação denunciarem estes aldrabões (pelo menos para não serem considerados cúmplices). O problema é que isso aconteceu no nosso país com o ministro do ensino superior e, portanto, os docentes não se podem, nem devem, calar. Quem se calar terá de ser considerado cúmplice e, talvez mais grave, não me parece que seja uma pessoa adequada para participar na formação de cidadãos.

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